3 de janeiro de 2017

istria [by the sea]

Uma das coisas mais espectaculares de viajar na Europa é o sem número de possibilidades que existem praticamente ao virar de cada esquina. Como portuguesa, por viver neste cantinho à beira do Atlântico, ainda me consigo surpreender com isto.

Então, depois de enfiarmos as vias ferratas no saco, saímos da alçada das montanhas e descemos até ao mar Adriático e à península da Ístria, na Croácia, uma península em forma de coração mesmo a sul de Trieste. Para lá chegar atravessamos 2 fronteiras (Eslovénia e Croácia), algo ainda perfeitamente indolor numa Europa global.

Eu já tinha estado na Croácia de outras vezes, mas noutras zonas, então na verdade, não fazia ideia do que nos esperava na Ístria, só sabia que existia um anfiteatro romano em Pula, e como tenho um fraquinho por ruínas romanas, pareceu o sítio certo para começar. 
Assim, sem mapa, sem internet e sem saber o nome das cidades, fomos seguindo as direcções “Pula/Pola” e ao final da tarde já tínhamos trocado os apfelstrudels do Sudtirol pelos bureks da Croácia.



Como viemos a perceber, a península da Ístria é outra zona marcada por avanços e recuos fronteiriços, com um legado cultural vasto e complexo. Desde os Romanos, que transformaram Pula num importante centro urbano, à enorme influência Veneziana na Idade Média, Austríaca que passou a Italiana depois da 1ª Guerra Mundial, e por fim Jugoslava.

A costa oeste da Ístria é a zona mais desenvolvida da península e está repleta de resorts que tornam o acesso ao mar por vezes desafiador, mas também encontrámos locais históricos maravilhosos como a Basílica Eufrasiana de Porec, um antigo porto veneziano muito romântico em Rovinjrecantos deliciosos e peixe fresquíssimo, tudo borrifado por uma maresia salgada que nos relembrou que ainda estávamos no Verão e nos fez matar as ubíquas saudades do mar.







Stay tunned.

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