2 de abril de 2012

Trekking world

O Nepal é atravessado de uma ponta à outra pela cordilheira dos Himalaias.
Mais de metade das montanhas mais altas do mundo (>8000m) estão localizadas dentro das suas fronteiras, ou precisamente na fronteira com países vizinhos, por isso o Nepal é verdadeiramente o país das montanhas.
E a melhor maneira de apreciar esta indomável natureza é fazendo um trekking. 

O Nepal também é conhecido por ser um dos países que oferecem as melhores condições para fazer trekking.
E há trekking para todos os gostos:
Trekkings fáceis, como os tea house trekkings em zonas de fácil acesso a partir de Pokhara ou do Kathmandu, que duram 2/3 dias em que as caminhadas se fazem ao ritmo de  passeio, sem grandes desníveis, com pernoita nas estalagens locais que providenciam dormida em camas com lençóis lavados, jantares tradicionais e banhos de água quente;
Trekkings em zonas remotas como a região de Upper Mustang, junto ao Tibete, em que é imperativo obter autorizações especiais, caríssimas, que por isso fazem desta uma experiência muito exclusiva;
Trekkings muito difíceis, como as expedições até ao Acampamento Base do Everest em que a logística é toda transportada para o local de partida de avião, em que se está sujeito a condições atmosféricas adversas, durante vários dias, com desníveis entre os 1000 e os 5500m, e em que o dia de regresso é tudo menos planeado.

Enfim, para aqueles que aqui chegam sem restrições de ordem financeira, física ou temporal o mais difícil é escolher.
Mas para os outros também.


Nós para variar não temos muito tempo, por isso escolhemos o vale do Kali Gandaki, na zona protegida dos Annapurnas. É das zonas de trekking mais desenvolvidas do Nepal, tem aldeias e populações estabelecidas ao longo do caminho o que é vantajoso, tendo em conta que Dezembro já não é época alta para os trekkings (e muitos lodges fecham nesta altura), não precisamos de contratar um “porter” porque existem sítios para comer e dormir a cada 2/3h de distância a pé, o acesso pode fazer-se por terra, a partir de Pokhara... e até já existe uma estrada -ainda que controversa- até Muktinath, o que permite a prática da batotice aos desprovidos de tempo ou condição física...


Dizem que a descer todos os santos ajudam, por isso, decidimos apanhar um voo super panorâmico até Jomsom –onde troquei uns olhares apaixonados com o Machhapuchhre- apanhar um jipe até Muktinath e daí começar a descer...

Devo dizer que isto não é nada recomendável por causa da diferença de altitude entre Pokhara (900m) e Muktinath (3800m)... o que significa uma ascensão de 2900m num dia, mas arriscámos.
Depois o corpinho é que paga.

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