9 de março de 2012

Rinocerontes no Chitwan National Park

O Parque Nacional de Chitwan está localizado na região do Terai, no sopé dos Himalaias numa das regiões mais férteis em flora e fauna do Nepal.
O Parque, que é património da Unesco, é conhecido por albergar populações da espécie protegida de rinocerontes de um só chifre. E alguns tigres da bengala também.
São os seus ilustres hóspedes.
Mas depois encontramos inúmeras espécies de aves, como o kingfisher (que dá nome à melhor cerveja indiana) de macacos, crocodilos, gazelas, javalis, e claro, elefantes asiáticos.

No Parque e na zona protegida junto a Sauraha organizam-se passeios de canoagem, safaris de elefante, e caminhadas guiadas na selva.
Foi o que fizemos.
Andámos numa canoa feita de um tronco de árvore escavado... que não foi uma experiência muito confortável... com a visão das margens do rio ocupadas por crocs a apanhar Sol...
Caminhámos na selva e andámos em busca de rinocerontes. Para isto, os elefantes são nossos melhores amigos, pois ao transportarem-nos, como cheiram “muito melhor” do que nós, também nos protegem das hipotéticas investidas dos rinocerontes.










Para mim, ver este animal ao vivo e à solta, foi um momento marcante. Um misto de adrenalina, respeito e medo. E não fui com certeza a única portuguesa a sentir-me assim.
Para além de todos os outros que já os viram por aqui, conta a história que em 1515 chegou à Europa o primeiro rinoceronte desde o tempo dos Romanos. E desembarcou em Lisboa, vindo da Índia, trazido por portugueses.
A notícia da chegada daquele animal mítico tão improvável e diferente correu toda a Europa que os mais variados artistas se apressaram a desenhá-lo, incluindo Albrecht Durer. E em Lisboa foi uma circunstância de tal modo extraordinária que os artesãos portugueses o utilizaram para decorar a Torre de Belém, na altura ainda em construção. 

Alguém 'o' consegue ver neste pormenor?


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